sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

AMERICAN AIRLINES - UM DIA QUE MARCOU O AFONSO PENA.




Cheguei as 7:45 da manhã, para presenciar o último pouso do American em Curitiba.
Tempo feio, garoa vindo da serra, um ar de despedida no ar.
E as 8 horas da manha em ponto, toca o solo o N39356, um Boeing 767-300 ER, fabricado em 1988, ainda nas cores antigas da empresa, aquele metal polido que eternizou as aeronaves da companhia americana.
Taxia lentamente, até o gate 4, e o pessoal de solo inicia seus serviços.
Toda a equipe de atendimento, começa a aparecer, e as fotos vão surgindo a cada minuto, o pessoal parece participar de uma festa, não querendo lembrar que amanhã, alguns estarão sem seus devidos empregos, não terão mais a rotina de atender o público com o sorriso estampado em suas faces.
Embarque efetuado, é chegada a hora, mas ainda há tempo do Comandante e Co piloto fazerem uma selfie da equipe que tanto auxiliou nesses quase 3 anos de coleguismo.
Como se fosse de propósito, uma mala, ficou faltando embarcar e o 767, permanece mais alguns minutos em solo paranaense, para a alegria dos entusiastas que se aglomeram no saguão do aeroporto, tentando de todas as formas eternizar o momento.
Pronto, serviço de rampa encerrado, é chegada a hora de viver os últimos momentos ao lado do Boeing metálico.
Mecânico fala pelo fone de rampa, e ouve o choro emocionado que vem abordo do cockpit.
Pushback executado e o 767 demora um pouco mais para inicio do táxi, toda equipe se posiciona para o último aceno, alguns choram, outros aplaudem, outros se abraçam.
O Boeing 767, começa o táxi até a cabeceira 15 do Afonso Pena, alguns minutos depois inicia a corrida e após a intersecção das pistas, decola suavemente para Porto Alegre.

Pronto, chega ao fim a história da American Airlines em Curitiba.
A única empresa que peitou tudo e todos e fez os paranaenses voarem para Miami com uma escala e voltando em voo direto.
Se os aviões as vezes, (e não foram poucas as vezes), deram problemas, e não eram o exemplo de modernidade em seu interior e em outras tecnologias, mas o que valeu é que uma empresa americana, acreditou na demanda do povo da região.
Com a ajuda dos agentes de turismo, operadoras, levando a solicitação a sério, faltou por parte das autoridades, darem o respaldo mínimo.
Agora é torcer que a crise vá logo embora e que outras empresas pensem igual a American Airlines.

See you later American.
Texto e fotos:Rosvalmir Afonso Delagassa 















4 comentários:

dercio disse...

uma grande perda mesmo.....esse aeroporto deveria se chamar Aeroporto REGIONAL Afonso Pena por que de Internacional não tem Absolutamente nada...PQP

luiz2009 disse...

O que mais me tocou na sua reportagem, foi quando voce falou em empregos.
Mais do que qualquer coisa voos trazem empregos, desenvolvimento e infelizmente isso nao é considerado por nossos governantes.
Tudo bem, temos uma crise monstruosa, eu disse monstruosa que está apenas começando, mas a falta de interesse dos governantes deste estado náo vem de hoje, nao tivemos um governador, sim governador, que fincasse o pé em Brasilia e nao saísse de lá até termos a nova pista em obras.
Infelizmente neste estado pensamos pequeno, nos achamos pequenos e enquanto pensarmos assim nao sairemos dessa, aeroportos regionais, ferrovias ridiculas, transporte publico atrasado, etc etc e etc. sonho o dia em que tenhamos um cara no governo que lute por nós, por enquanto só tivemos os que buscam seus próprios interesses.

Marcelo disse...

É uma pena mesmo! E pensar que nossos governantes não fazem nada ou quase nada para mudar esta situação! Se tivessem mais empenho, talvez a AA não teria ido embora de CWB e de POA!
Mesmo com esta triste notícia, parabenizo a AA pela iniciativa e por acreditar no Brasil e ter aberto estas rotas! Sucesso à cia e que ela volte muito em breve para os mercados do Sul do país!

joseluizdacosta@bol.com.br disse...

As aéreas voam onde os passageiros possam pagar o custo dos voos. A American não é empresa de caridade. O Brasil/povo está sem dinheiro, temos uma crise e vai demorar 3/5 anos para normalizar.